segunda-feira, 22 de maio de 2023

“Revolução” de 1923 - A Ocupação de São Gabriel de 20 a 23/05/1923



A Guerra Civil Gaúcha de 1923, mais conhecida como “Revolução” Libertadora,

foi consequência do descontentamento da oposição a Borges Medeiros, que

vinha governando o Estado de 1898 a 1908 e de 1913 a 1928 e que também

foi eminência parda no governo Carlos Barbosa, de 1908 a 1913, intervindo

diretamente nas eleições locais por meio do voto a descoberto, além de

controlar a Brigada Militar. A política econômica de Borges levou o Estado a

uma crise financeira, contribuindo para descontentar a elite estancieira. Boa

parte do movimento operário e estudantil se opunha a Borges por conta de

divergências anteriores. Nas eleições de 1922, a oposição formou uma aliança

entre vários segmentos da sociedade gaúcha, sob liderança e candidatura de

Assis Brasil. A vitória Borgista nas eleições estaduais de 1922 foi considerada

fraudulenta, tornando-se o estopim da eclosão do conflito, em 25/01/1923. A

guerra civil gaúcha duraria dez meses até a paz em dezembro daquele ano.

O governo estadual organizou a defesa com o uso da Brigada Militar e a

criação de vários corpos auxiliares. Em São Gabriel foi criado o 3º Corpo

Auxiliar, comandado pelo tenente-coronel Manoel Bicca que integrava a 5ª

Brigada Provisória, sob o comando do coronel Claudino Nunes Pereira. A

oposição, comandada por Assis Brasil, natural de São Gabriel, organizou

grupos armados que enfrentaram o forte esquema militar, montado por Borges.

De Bagé, Dom Pedrito, Lavras, Caçapava e São Gabriel saiu a “3ª Divisão do

Exército Libertador”, operando na região Centro-Sul. Na Região Sul atuou a “4ª

Divisão do Exército Libertador”, comandada pelo general Zeca Neto, natural de

Jaguarão-Chico, no lado uruguaio da linha divisória, mas radicado muitos anos

em Camaquã. O comandante das forças “revolucionárias” da fronteira sudoeste

era o General Honório Lemes.



Às 10 horas da manhã de 20/05/1923, Honório Lemes, o “Leão do Caverá”,

comandando uma numerosa coluna de cavalaria composta por gente de São

Francisco de Assis, Rosário, Alegrete, Quarai e Uruguaiana entrou triunfante

na cidade, percorrendo várias ruas. Em 26/05/1923, o general governista

Flores da Cunha reocupou a cidade. No dia 30 se deu o combate de ambas as

forças no Passo dos Alemães, no arroio Jacaré, quando Honório se retira para

o passo de São Simão no rio Santa Maria, atravessando o Campo Nacional de

Saicã, seguindo para a segurança da serra do Caverá.

O Museu Julio de Castilhos está com uma exposição sobre o centenário desta

Guerra Civil Gaúcha – “Revolução Libertadora” de 1923.

21 Semana Nacional de Museus

 A 21ª Semana Nacional de Museus, com o tema "Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar", foi um sucesso no Museu Julio de Castilhos, que estendeu seu horário de visitação até as 20h durante todo o período. No último sábado, atingiu a marca de 419 visitantes. Essa programação é promovida anualmente em razão do Dia Internacional dos Museus.

Foram várias atividades especiais que incluíram criação de vídeos para as redes (tematizados pela sustentabilidade), oficina sustentável sobre preservação de acervos, sessão de cinema, visitas às reservas técnicas, parceria expositiva com a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura e várias ações relacionadas à doação de novos acervos.











Assista abaixo os vídeos sobre sustentabilidade nos museus:








quarta-feira, 17 de maio de 2023

Reunião da Comissão de Acervos

 

Como parte das atividades da Semana Nacional de Museus, o Museu Julio de Castilhos realizou ontem, 15 de maio, a reunião da Comissão Especial de Gestão de Acervos para analisar o tombamento de 565 peças, inclusive as que já estavam na Instituição mas ainda não haviam sido incorporadas oficialmente às coleções. Constaram na lista de avaliação também as doações realizadas no período 2019- 2023, cuja história e documentação de cada item foram cuidadosamente registradas para permitir sua melhor utilização, tais como expor e pesquisar.

Participaram da avaliação a museóloga Doris Couto, diretora do MJC, Claus Farina, historiador do MJC, e Antônio Augusto Ammirable Albuquerque - representante da Associação de Amigos do Museu, além de Monica Marlise Wiggers, que organizou e listou o acervo para o trabalho da Comissão. A reunião foi aberta ao publico e contou com duas pessoas que acompanharam a atividade.
Como ato simbólico de tombamento, a Diretora fez o registro no livro tombo dos itens nº 10.800, blusa da Mestra Sirley Amaro; 10.801, turbante de Naiara de Silveira; e o item 10.802, escultura tatu bola, que possivelmente seja produção Mbya-Guarani.
Os próximos passos serão o detalhamento de cada peça na ficha catalográfica e seu deslocamento para um dos armários das reservas técnicas do Museu (lugar onde se guarda o acervo que não está em exposição).
Somente após essa fase, as peças estarão à disposição de pesquisadores. A previsão é de seis meses de trabalho, devido ao número elevado de itens.

#cultura #maiscultura #novasfaçanhasnacultura #museujulio

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Primeiras turmas do Projeto Museu Ponte


 Nesta semana, recebemos as primeiras turmas do Projeto Museu Ponte, que visa trazer alunos da rede pública de ensino oriundos dos bairros mais distantes do centro da Capital para visitas mediadas ao Museu. Além do nosso setor educativo já ter proporcionado uma formação prévia para os professores das escolas participantes do projeto, por meio da parceria com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, oferecemos também transporte de ida e volta para os alunos.


Nessa quinta-feira, recebemos a primeira de dezesseis turmas, com cerca de 40 alunos cada, da Escola Estadual de Ensino Médio Santa Rosa, localizada no bairro Rubem Berta. E hoje, sexta-feira, foi dia de receber a Escola Estadual de Ensino Fundamental Vereador Carlos Pessoa de Brum, do bairro Restinga.

Agradecemos o apoio do SuperKan (@supermercadokan #supermercadokan ), que doou lanches para estas turmas.



Fiquem atentos às nossas redes! Continuaremos a postar notícias sobre este projeto que busca a democratização de acesso ao Museu Julio de Castilhos, patrimônio cultural de todos os cidadãos.

(Fotos: Gabriel Costa)




Linda matéria sobre o Projeto Museu Ponte, que visa trazer alunos da rede pública de ensino oriundos dos bairros mais distantes do centro da Capital para visitas mediadas.



terça-feira, 9 de maio de 2023

Museu Julio de Castilhos viabiliza visitação de alunos da periferia de Porto Alegre

 


Núcleo Educativo do museu promove visitas mediadas para escolas - Foto: Gabriel Costa - Divulgação MJC
POR ASCOM MJC

Estudantes de duas escolas públicas da periferia de Porto Alegre terão, a partir desta semana, a oportunidade de participar do Projeto Ponte, que viabiliza o acesso ao Museu Julio de Castilhos (MJC), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). A primeira visitação será na quinta-feira (11/05), às 14h, com estudantes do 4º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Santa Rosa. Ao todo, serão contemplados 640 alunos desse colégio do bairro Rubem Berta e também da Escola Municipal Vereador Carlos Pessoa de Brum, da Restinga.

O projeto nasceu a partir do mapeamento que mostrou o perfil do público que visitou o museu nos últimos quatro anos. Entre as escolas que fizeram agendamento para visitação mediada, predominaram as públicas de bairros próximos ao centro de Porto Alegre ou do interior do Estado, não tendo procura, salvo raras exceções, de estabelecimentos de ensino da periferia da capital. E levando em conta os visitantes espontâneos, o museu recebeu, na maioria das vezes, um público formado por pessoas de 25 a 40 anos de idade, com ensino superior. 

Sobre o projeto

O Projeto Ponte foi aprovado no edital da Vara de Penas e Medidas Alternativas, do Fórum de Porto Alegre, e vai custear o transporte para alunos das escolas que manifestaram interesse, por meio de consulta prévia realizada pelo Núcleo Educativo do MJC. 

Segundo a secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo, é fundamental essa aproximação com o público estudantil.

"Nossa ação integrada com as redes escolares permite dar escala a essa iniciativa. Estamos facilitando o acesso às expressões artísticas e ao patrimônio histórico e cultural, que é de todos", analisa a secretária.  

Ela lembra que recentemente o Museu Julio de Castilhos recebeu investimentos do governo do Estado, por meio do Programa Avançar na Cultura, para qualificar sua estrutura física e o acervo, justamente com a intenção de melhor acolher os visitantes e atrair novos públicos. 

Inclusão

Para o coordenador do Núcleo Educativo do MJC, Luciano Steiw, “a iniciativa dá oportunidade para alunos de regiões periféricas conhecerem um museu histórico do centro da cidade, onde muitos nunca vêm, promovendo o sentimento de inclusão. É um grande exercício de cidadania para jovens e crianças”.

Como condição de adesão, o Museu Julio promoveu uma etapa de formação para professores das duas escolas. Os 19 participantes visitaram as exposições da instituição e receberam informações sobre patrimônio, musealização, conservação de acervo e ajustes de proposta de mediação com a equipe educativa. Antes dessa atividade formativa, a equipe do museu foi à escola, levou algumas peças e conversou com a equipe e com alunos.

“Neste projeto, além do acesso a um público que não vem ao museu porque fica distante dele, em termos territoriais, trabalhamos conceitos com os professores visando a valorização do patrimônio do bairro e o repertório dos alunos, para que a escola prossiga com o tema após a visita. O desafio deu tão certo que a Escola Santa Rosa já planeja um museu escolar”, diz entusiasmada a museóloga Doris Couto, diretora do MJC.

O Projeto Ponte é um piloto e terá nova edição no próximo ano, com a possível inclusão de outras escolas públicas.


Matéria publicada n o site da SEDAC: https://cultura.rs.gov.br/museu-julio-de-castilhos-viabiliza-visitacao-de-alunos-da-periferia-de-porto-alegre

sexta-feira, 5 de maio de 2023