MUDAMOS!


POR DOUGLAS CARVALHO | ASCOM SEDAC

O Museu Julio de Castilhos, situado no Centro de Porto Alegre/RS e vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), agora tem novo nome: Museu de História Julio de Castilhos (MHJC). O governador Eduardo Leite promoveu a mudança por meio do Decreto 57.409, publicado no fim do ano passado, no Diário Oficial do Estado (DOE).

A alteração foi realizada porque a Sedac identificou a necessidade de incluir, no nome da instituição, palavra que remeta à sua tipologia. De acordo com a diretora do Museu, Doris Couto, “é fundamental que o público, apenas ao ler ou ouvir o nome do Museu, possa saber o tipo de acervo que ele guarda”. 

Além da alteração no nome, também está sendo lançado o novo logotipo do Museu, criado pela equipe de design da Assessoria de Comunicação da Sedac. A marca traz a fachada da instituição, em uma versão simplificada e estilizada como uma ilustração, remetendo às gravuras comuns nos livros de História. Assim, o logotipo fica icônico e identificável, tanto em grande escala como em versão menor. A fonte utilizada na tipografia, com uma forma clássica, equilibra o texto com a sua suavidade e estilo.

Couto destaca que o acréscimo da expressão “de História” ajuda a deixar claro que a instituição se dedica à história do Rio Grande do Sul e não apenas à de Júlio de Castilhos: “a ausência de um termo que descrevesse a temática central do Museu levava a que muitas pessoas acreditassem que a instituição trata, exclusivamente, da vida de Castilhos, como se fosse um museu-casa. O Museu carrega nome que homenageia o político gaúcho, está sediado em local antes habitado por ele e possui algumas peças de acervo que lhe pertenceram. No entanto, não se limita a contar a sua trajetória de vida. Castilhos faz parte da história do Estado, e esta sim é o tema principal do Museu”.

Para a secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo, a mudança de nome é mais um episódio importante na história dessa instituição museológica que tanto nos orgulha. “Desde 2019, primeiro ano de gestão do governo Leite, o Museu Julio já passou por uma série de melhorias. Dentre elas, restauros, como de esculturas do acervo, da carruagem que pertenceu a Carlos Barbosa e de duas telas de Lucílio de Albuquerque, além da adequação dos espaços expositivos”. E a titular da pasta já adianta que novos investimentos estão por vir: “com o próximo Avançar na Cultura, estão previstas obras de restauro e construção da nova reserva técnica. O ano de 2024 começa muito inspirador”.

Histórico

Em 1903, quando foi criada, a instituição denominava-se Museu do Estado. Inicialmente não tinha sede, mas dispunha de um acervo constituído por coleções de zoologia, botânica, mineralogia, geologia, paleontologia, antropologia, etnologia, ciências, artes e documentos históricos. Em 1905, o governo gaúcho adquiriu a casa onde vivera Júlio de Castilhos – que, em 1891 e de 1893 a 1898, foi presidente do Rio Grande do Sul, equivalente ao atual cargo de governador do Estado – e instalou o Museu no imóvel. 

Um decreto de 1907, de Borges de Medeiros (então presidente do Estado), modificou o nome da instituição, que passou a se chamar Museu Julio de Castilhos, em homenagem ao estadista, falecido quatro anos antes. Em 1954, as coleções do acervo do Museu foram desmembradas, com a transferência das peças de zoologia, mineralogia, botânica e artes para outras instituições. A partir de então, o Museu passou a guardar exclusivamente objetos referentes à história do Rio Grande do Sul.