Projeto Ponte do Museu Julio de Castilhos é habilitado no Prêmio Darcy Ribeiro de educação em museus 2023
Iniciativa promove acesso ao patrimônio cultural para alunos de escolas públicas da periferia de Porto Alegre
Alunos recebem lanche no Jardim Histórico do Museu Julio de Castilhos - Foto: Divulgação MJC
O Projeto Ponte, idealizado pelo Museu Julio de Castilhos (MJC), financiado pelo Tribunal de Justiça – Vara de Penas e Medidas Alternativas e viabilizado pela Associação de Amigos do Museu Júlio de Castilhos (AJUC), foi habilitado na última sexta-feira (24), no Prêmio Darcy Ribeiro de Educação em Museus 2023, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
A premiação reconhece boas práticas que estabelecem referências positivas para outras instituições e inspiram soluções para desafios comuns entre museus e instituições culturais, como descrito no edital nº128/2023, publicado pelo Ibram em 11 de outubro deste ano. O projeto tem como objetivo proporcionar o acesso de alunos de escolas públicas da periferia de Porto Alegre ao patrimônio cultural do Museu Julio de Castilhos, instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac).
O Projeto Ponte realiza diversas atividades, incluindo visitas da equipe do museu às escolas participantes, formação de professores, visitas guiadas e trabalho em sala de aula após as visitas. Um dos resultados importantes do projeto é a formação de um museu escolar na Escola Santa Rosa, no Bairro Rubem Berta. O projeto também pretende atender escolas do programa RS Seguro em sua próxima edição.
Na próxima fase do Prêmio, os projetos serão avaliados de acordo com critérios como clareza da ação educativa, impacto sociocultural, possibilidade de replicação e caráter participativo da comunidade.
A diretora do MJC, Doris Couto, destaca que o projeto é um marco nas ações educativas do MJC, representando a democratização do acesso das periferias ao patrimônio cultural. Ela ressalta também a importância da articulação entre museu e escola, bem como a colaboração dos professores na formação cultural dos alunos, valorizando os patrimônios de seus territórios. "É um prêmio que reconhece ações que impactam positivamente a sociedade a partir da difusão dos acervos dos museus. Já realizamos duas edições do projeto, atendendo cerca de 1.450 alunos de periferia", celebra a diretora.
Caso seja premiado, o projeto receberá um incentivo de R$ 40 mil para impulsionar suas ações. Uma das aplicações planejadas é a produção de peças impressas em 3D para uso em atividades com pessoas com cegueira ou baixa visão. O Museu Julio de Castilhos concorre com outras 50 instituições e é um dos três representantes do Rio Grande do Sul, competindo com instituições renomadas como o Museu da Língua Portuguesa, Museu do Futebol, Museu Casa de Portinari, entre outros. A iniciativa também poderá fazer parte de um livro sobre experiências em educação em museus, que integra o edital e tem como objetivo difundir as 20 ações vencedoras.