20 de Novembro - Dia da Consciência Negra

Imagem de Acervo MJC: Trabalho do Fotógrafo Marcio Pimenta, com Loma Pereira e intervenção gráfica de Paula Taitelbaum.
Imagem de Acervo MJC: Trabalho do Fotógrafo Marcio Pimenta,

com Loma Pereira e intervenção gráfica de Paula Taitelbaum.

O escravismo foi um sistema de produção econômica em que a mão de obra tinha por base uma pessoa que era propriedade de outra pessoa e que podia ser explorada como força de trabalho, sendo vendida, comprada ou capturada em guerras ou incursões militares. A conquista e a colonização europeia da América, que iniciou no final do século XV, combinava dois fenômenos: a exploração de recursos e mão de obra indígena americana, e o emprego de força de trabalho escrava proveniente da África. No Brasil, ao longo da época colonial, os escravizados africanos eram destinados a tarefas domésticas, agrícolas e de diversos tipos. Apesar disso, a escravidão não foi algo passivo e aceito pelos escravizados, muito pelo contrário, a resistência sempre se manifestou de diversas formas. Os quilombos foram a principal forma de luta dos negros contra o escravismo.

Em todas as regiões do Brasil em que o trabalho escravo foi implementado, apareceram quilombos de negros fugidos, oferecendo resistência, lutando, desgastando o regime escravista pela ação militar e pelo rapto de escravizados das fazendas. Outras formas de resistência incluíam rebeliões, assassinatos, suicídios e revoltas organizadas, sendo a mais conhecida a dos Malês, em Salvador, em 1835.

O Quilombo de Palmares é a manifestação mais conhecida de resistência do povo negro nos tempos coloniais, lutou contra o exército português e contra expedições promovidas por capitães e por fazendeiros. Zumbi despontou como liderança por ser um grande estrategista militar e representante da resistência contra os colonos escravocratas em sua época. A data de 20/11/1695 representa o símbolo da luta de Palmares e o Dia da Consciência Negra, homenageando a morte do líder Zumbi, como um símbolo de liberdade, conscientização e resistência de todos os Movimentos Negros e povos de origem africana no Brasil.

O Museu Julio de Castilhos, instituição da Sedac, vem ampliando seu acervo de objetos sobre a cultura negra no Rio Grande do Sul.