Quem vê uma coleção ou peça exposta num museu nem imagina o tanto de rotinas que antecede esse processo e quão sérios devem ser os procedimentos, que quando precarizados resultam em trabalho em dobro.
No ano passado historiadores de dois municípios diferentes: Caçapava do Sul e Camaquã, se reportaram à direção do MJC ambos reclamando seus municípios como a procedência de um trio de canhões. A partir disso fomos analisar a documentação e percebemos que o registro nas fichas desses canhões, em algum momento havia sido alterado. Dessa forma aqueles que no nosso entender pertenciam a Camaquã passaram a ser identificados como de Caçapava. Diante do impasse e do fato de não termos nenhum especialista em artilharia que pudesse entender aquele acervo, buscamos a parceria do Comando Militar do Sul, que desiginou o Capitão e historiador Alexandre Santana da Silva, que esteve no museu Julio analisando e medindo as peças com os soldados Marco Antônio Borth e Vitor Mendes Gaspar , por duas ocasiões e reunindo a documentação disponível para fazer a análise.
Na data de 16 de março, recebemos do Capitão Santana e do Ten. Cel. Fábio de Castro Pereira, ambos vinculados ao Museu do CMS, o relatório conclusivo que valida o entendimento que possuíamos na identificação dos canhões de Caçapava e os canhões de Camaquã.
O episódio nos mostra a importância da documentação adequada na hora do ingresso de uma peça e do registro em todos os documentos da maior quantidade possível de detalhes.
Ao Comando Militar do Sul e a equipe do seu Museu, nosso agradecimento pelo trabalho aprofundado de pesquisa e auxilio inestimável no desenrolar dessa história.
Participaram também da reunião de entrega do relatório à nossa diretora, Doris Couto, a servidora Gabriela Silva e a Ten. Flávia - museóloga do MMCMS #museujulio #mmcms #maiscultura #culturars