Em 15 de novembro de 1889 foi proclamada a república no Brasil, resultando na derrubada da monarquia. A conspiração contou com a adesão do marechal monarquista Deodoro da Fonseca, responsável por liderar a derrubada do gabinete ministerial.
A incapacidade do império, em atender as novas demandas que foram surgindo na sociedade brasileira, motivou a crise que teve início logo após a Guerra do Paraguai, em 1870.
O Brasil venceu a guerra, mas a monarquia saiu enfraquecida. Novos arranjos políticos que estavam em formação no Brasil, desde a década anterior, começaram a ganhar espaço no debate político. Os principais insatisfeitos com a monarquia foram grupos políticos, que reivindicavam a modernização do país, e os militares. Ambos orbitando ideal republicano como forma de governo, tido como sinônimo de modernidade e solução para o país.
Na política, existia a insatisfação com a monarquia, principalmente em províncias como São Paulo, que era economicamente a principal do país, mas politicamente sua representação era muito pequena em relação a outras com economias decadentes, como Bahia, Pernambuco e o próprio Rio de Janeiro. Isso mobilizava as elites políticas da província na exigência de maior participação. Também havia a insatisfação de uma emergente classe média nas cidades que desejava ter voz política, mas que não conseguia porque o sistema político da monarquia era abertamente excludente.
O fortalecimento do republicanismo ganhou impulso com a
fundação do Partido Republicano Paulista (PRP),
com o lançamento do Manifesto Republicano, em
1870. O estabelecimento do laicismo no Brasil e a questão do abolicionismo eram pautas que movimentavam a
sociedade brasileira na década de 1880. Havia também uma insatisfação a
respeito da sucessão do trono.
A princesa Isabel não
era considerada a pessoa ideal para assumir o império, e a assinatura da abolição
da escravatura, em 1888, acelerou o processo de queda da monarquia, com o apoio
da aristocracia rural contrária ao abolicionismo.
A Proclamação da República foi resultado de um golpe encabeçado pelos militares, mas que contou com envolvimento civil, em parte planejada e improvisada sem a participação do povo.
Este foi um acontecimento marcante na história do país e
trouxe mudanças significativas, como a implantação de uma república federativa
presidencialista, o Estado laico, o sufrágio universal masculino (o feminino a
partir de 1934) e o fim do voto censitário.