Ato ocorreu no Palácio Piratini com a presença das equipes da Sedac e da instituição
por Letícia Heinzelmann
As obras orçadas em R$ 11 milhões garantirão a restauração das duas casas ocupadas pela instituição - de números 1205 e 1231 da Rua Duque de Caxias, respectivamente, a atual Casa Amarela e a Casa Julio - e a construção de um novo prédio de quatro andares, no jardim do Museu, para abrigar uma reserva técnica climatizada. “Pela primeira vez teremos um prédio projetado especificamente para essa função - um feito inédito entre as instituições da Sedac e o único em Porto Alegre com estrutura independente do corpo principal, o que é crucial em caso de sinistros. Assim, ampliaremos a área de exposições e, o mais importante, criaremos condições para expandir nossas coleções e proteger nosso acervo”, celebrou Doris.
Foi apresentado ao governador o cronograma do projeto, que terá início na próxima segunda-feira (4/11) e deverá durar dois anos, sem fechar totalmente o Museu para visitação nesse período. “Fico feliz em termos esta importante obra para preservar a história do nosso Estado, e quero acompanhar cada etapa desse projeto”, disse Leite, que passou a seguir as redes sociais do MHJC ainda durante o ato. Ele destacou ainda a importância de contar com empresas especializadas em edificações históricas e lembrou que a Arquium também executa obras no próprio Piratini.
Museu mais antigo do RS
O Museu de História Julio de Castilhos foi criado por decreto-lei em 30 de janeiro de 1903, como Museu do Estado, sendo a primeira instituição museológica do Rio Grande do Sul e uma das primeiras do Brasil. Com a morte de Julio de Castilhos, recebe seu nome e passa a ocupar a casa datada de 1887, onde o estadista residia com a família. Em 1996, passou por uma grande obra que incorporou a casa ao lado. Em 2010, foi realizada uma intervenção nos telhados.
“Apesar dessas obras, algumas destinadas a resolver questões pontuais, ao longo dos 121 anos de existência, o Museu enfrentou inúmeros fechamentos e muito descaso, o que chegou a colocar seu acervo em risco. É justamente esse acervo que temos nos dedicado a restaurar e a apresentar com zelo e dignidade a quem nos visita”, destacou a diretora.
O MHJC é um lugar de memória, história e testemunho de relevantes fatos políticos, sociais, culturais e econômicos. Dentre as exposições em cartaz, estão “Memória e Resistência”, que exibe peças representativas dos povos indígenas, com destaque para esculturas missioneiras, e “Narrativas do Feminino”, sobre a participação e a importância das mulheres na sociedade gaúcha, além de espaços como o quarto estilo Império, o gabinete e o jardim dos canhões.
Confira abaixo algumas imagens deste momento histórico!
Vídeo de Camilla Ariane