Dia Internacional da Mulher e o segundo episódio da coleção Memórias de Gestão


Aproveitamos o Dia Internacional da Mulher, para lançar o segundo episódio da coleção 
Memórias de Gestão com depoimentos da ex Diretora do museu, Vanessa Becker, 
responsável pela instituição da SEDAC no período de 2015 a 2017.

Neste dia 08 de março, contamos, também, um pouco da história da oficialização desta data como o Dia Internacional da Mulher, destacando alguns fatos históricos que balizaram esta conquista:

- Em 1910, em Copenhague, Dinamarca, ocorreu o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, apoiado pela Internacional Comunista. Nesse evento, foi proposta a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem, entretanto, estipular uma data específica. A proposta objetivava possibilitar que o movimento operário pudesse dar maior atenção à luta das trabalhadoras.

- Em 25/03/1911, em Nova York, ocorreu um incêndio na Triangle Shirtwaist Company  que matou 146 pessoas, sendo 125 delas mulheres, devido às péssimas condições do local de trabalho. Naquela época, era comum que os proprietários das fábricas trancassem seus funcionários durante o expediente como forma de evitar motins e greves. Por isso, quando o incêndio começou, as portas estavam trancadas. O ocorrido evidenciou a precariedade do trabalho das mulheres no âmbito da Revolução Industrial.

- Na Rússia de 1917, ações das mulheres, também do setor de tecelagem, levaram à eclosão de uma greve, no dia 8 de março, que contou com apoio dos operários do setor de metalurgia. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Russa.

- As ações revolucionárias do movimento feminista, ocorridas na primeira década dos anos 1900, continuaram após a segunda guerra mundial, tornando o dia 8 de março uma data tradicional a partir dos anos 1960. Contudo, somente em 1975 foi oficializada pela Organização das Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher.

Dessa forma, a data simboliza uma luta que inicialmente reivindicava melhorias nas condições de trabalho nas fábricas, seguido pela concessão de direitos trabalhistas e eleitorais. A luta segue, mas hoje com outras pautas: igualdade salarial, criminalização da misoginia, fim das mais variadas formas de violência praticadas sobre as mulheres (física, psicológica, moral, sexual e patrimonial), divisão igualitária com os homens no que diz respeito aos serviços domésticos e de cuidado, entre outras.

O Museu Julio de Castilhos possui duas exposições que abordam a história da luta e da participação social das mulheres: “Narrativas do Feminino” (exposição presencial, com o site em atualização) e “Mulheres na Guerra Farroupilha” (exposição virtual disponível no link: https://museujulio.wixsite.com/mulheres-farroupilha)